A hospitalização de crianças por longos períodos de tempo implica desafios importantes que transcendem o aspecto médico, impactando profundamente seus aspectos psicoemocionais e sociais. Esses jovens pacientes são subitamente deslocados de suas rotinas diárias, perdendo contato crucial com a escola e atividades lúdicas que são fundamentais para seu desenvolvimento e bem-estar. Dada esta realidade, torna-se imperativo explorar estratégias que minimizem esses impactos negativos e promovam uma experiência mais positiva durante a hospitalização. Neste contexto, o papel da Pedagogia Hospitalar ganha destaque, especialmente através da implementação de atividades lúdicas como a contação de histórias, que não apenas distraem, mas também educam e confortam. A contação de histórias, é uma prática secular na educação e no entretenimento infantil, mostrou-se uma ferramenta poderosa no ambiente hospitalar. As crianças participantes obtiveram uma melhoria significativa em sua capacidade de lidar com o estresse do ambiente hospitalar e dos procedimentos cirúrgicos. Isso foi evidenciado não apenas por observações durante as sessões, mas também por feedbacks dos próprios pacientes, de seus familiares e da equipe médica. Além de oferecer uma distração bem-vinda, a contação de histórias facilita uma conexão vital com a vida cotidiana fora do hospital. As histórias escolhidas frequentemente apresentavam temas e cenários que refletiam o mundo exterior, permitindo que as crianças mantivessem um vínculo com a normalidade e continuassem seu desenvolvimento educacional e social. Este aspecto foi particularmente valorizado pelos educadores e pais, que observaram um engajamento renovador com o aprendizado e uma atitude mais positiva em relação ao hospital
Concluindo, a Pedagogia Hospitalar e a prática de contação de histórias dentro do contexto hospitalar têm um impacto profundamente positivo na experiência das crianças internadas. Ao integrar esses elementos no cuidado pediátrico, os hospitais não apenas melhoram o bem-estar emocional e social de seus pacientes jovens, mas também reafirmam o compromisso com uma abordagem de tratamento holística. Esse modelo não apenas alivia os sintomas físicos da doença, mas também cura o espírito, demonstrando que mesmo em situações desafiadoras, a aprendizagem e o crescimento podem prosperar.